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A alfarrobeira (Ceratonia siliqua) é uma árvore da família das leguminosas, de copa arredondada e folhagem densa e persistente, originária da Síria e introduzida em Portugal pelos árabes.
Aparece um pouco dispersa por todo o país, mas é no Algarve que tem a sua principal expressão ecológica e económica, nos terrenos do litoral, na serra xistosa nordestina e sobretudo nos terrenos calcários do barrocal.
As suas variedades ou cultivares, estendem-se desde Lagos a Vila Real de Santo António, assumindo o concelho de Loulé o predomínio, em número de explorações e produção. Por isso é considerado o “solar” da alfarrobeira.
A industrialização da alfarroba permite a obtenção de diversos produtos:
A polpa, em triturado fino, destina-se ao consumo de ruminantes; do triturado grosso pode fazer-se extracção de xarope ou obter-se farinha torrada.
A semente, que corresponde apenas a 10% do peso do fruto, constitui a sua parte mais nobre, pois dela se originam as gomas de alfarroba e o germe de alto valor proteico, donde se fabrica a farinha que integra a rica doçaria tradicional algarvia.
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